Pesquisadores da Montpellier Medical University, na França, estão criando um cadáver virtual para resolver um problema mundial na medicina acadêmica: a escassez de corpos humanos para estudos. A equipe reuniu imagens escaneadas em 3D para criar o modelo.
Os cadáveres têm sido muito procurados, mas nos últimos anos a escassez piorou. O número de programas médicos está crescendo, então a demanda está aumentando
Com os avanços da ciência, a necessidade de estudar corpos humanos segue aumentando, à medida em que a oferta de cadáveres apropriados para isso está caindo. Portanto, faz-se necessária uma solução tecnológica para a questão, e é justamente isso o que os pesquisadores esperam fornecer.
Os pesquisadores esperam que um cadáver virtual possa ensinar aos alunos o básico da dissecção de corpos, por exemplo, e, assim que ganharem experiência no ambiente digital, podem, enfim, finalizar os treinamentos com corpos verdadeiros.
Para o projeto, a equipe criou dois modelos iniciais: um mostrando a área do pescoço humano e outro com imagens 3D da região pélvica. Para isso, foi necessário dissecar um cadáver verdadeiro desde a pele, até músculos e artérias, a fim de capturar as imagens e criar o modelo o mais realista possível, usando um scanner Artec 3D.
Para escanear cada camada do corpo, o scanner leva apenas dois minutos, mas cada dissecação pode levar um dia inteiro para ser concluída. Isso porque, segundo Benjamin Moreno, da IMA Solutions (empresa que forneceu a tecnologia), "a carne e alguns tecidos podem ser difíceis de escanear por conta de sua translucidez".
A partir de agora, a ideia é criar modelos do cadáver virtual com outras regiões do corpo, como coxas e mãos, somando cinco modelos prontos para serem usados em universidades até o final de 2018.
Fonte: The Verge
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